BRASÍLIA - Fórum técnico promove debate sobre destino da madeira proveniente da implantação de usinas hidrelétricas

Publicado em 31 de Agosto de 2017 às 10h 54min

Evento aconteceu este mês de agosto no auditório da Eletronorte em Brasília e foi idealizado pelas UHEs em construção no rio Teles Pires, estado de Mato Grosso

BRASÍLIA

Representantes de empreendimentos hidrelétricos, do Governo Federal e especialistas reuniram-se em Brasília durante Fórum Técnico sobre a madeira (foto: Assessoria de Imprensa)

“Principais entraves no aproveitamento da madeira na implantação de Usinas Hidrelétricas.” Este foi o tema do Fórum Técnico realizado em Brasília neste mês de agosto. O evento foi idealizado pelas quatro usinas em construção no rio Teles Pires, estado de Mato Grosso: Colíder, São Manoel, Teles Pires e Sinop e contou com a presença de representantes de outros empreendimentos hidrelétricos, do Governo Federal e especialistas do setor. O debate girou em torno do tema central e das seguintes palestras: “Alternativas possíveis para melhor representar a volumetria de uma floresta - Inventário Florestal X Censo e Incompatibilidades” e “As questões legais que dificultam a emissão da Autorização de Supressão Vegetal (ASV) e destinação da madeira”.

A diretora de Meio Ambiente da Companhia Energética Sinop (CES), concessionária da UHE Sinop, Ana Brígida Cardoso, informou que o Fórum já vinha sendo planejado pelas quatro usinas do rio Teles Pires, visto a importância do tema para os empreendimentos. “Sabemos das dificuldades que temos em dar a destinação para a madeira, principalmente do ponto de vista de licenciamento e queríamos discutir isso de uma forma mais ampla”, esclareceu a diretora.

O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou uma representante, a chefe de Assessoria Especial em Gestão Ambiental, Maria Ceicilene Martins, que fez questão de enfatizar que o Fórum foi importante por reunir todas as partes interessadas com o objetivo não só de tratar sobre a regulamentação do destino da madeira, mas também de priorizar a conservação do meio ambiente. Segundo ela, trata-se de um tema atual que merece toda a atenção que está tendo por parte dos empreendimentos. “O Fórum é um primeiro momento. Em um segundo momento acredito no amadurecimento das ideias junto aos órgãos ambientais de todo país”, concluiu.

Rubens Ghilardi, superintendente de Meio Ambiente da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte) parabenizou a iniciativa. Segundo ele, a destinação da madeira é um problema em comum entre hidrelétricas e o Fórum é o momento de trocar experiências e buscar soluções. “Dada a relevância e como sugestão acho que esse tema poderia até ser levado ao Fórum Nacional de Meio Ambiente, o qual, reúne diversas instituições que se dedicam a debater e buscar alternativas que visam a preservação do meio ambiente”, afirmou Ghilardi.

Também presente ao evento, a presidente da Comissão de Estudos de Meio Ambiente do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) e advogada do escritório Milare Advogados, especializado em Direito Ambiental, Priscila Artigas, considerou o evento excelente. “Foram debatidos temas técnicos e jurídicos relacionados à dificuldade da destinação da madeira extraída para a formação de reservatórios. Só é possível chegar a uma solução por meio de debates como este que aconteceu no Fórum”, concluiu Priscila.

O diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da UHE Teles Pires, Marco Duarte, destacou a união das quatro usinas do complexo hidrelétrico Teles Pires como principal resultado do Fórum. Ainda segundo ele, nessa primeira etapa, o Fórum envolveu de uma forma geral os empreendimentos, mas a meta é que o debate se estenda aos interessados pela madeira e depois aos órgãos reguladores.

Para o gerente da Divisão Socioambiental da UHE Colíder, Joachim Graf, o Fórum evidencia que os quatro empreendimentos do complexo hidrelétrico Teles Pires estão empenhados em encontrar soluções para o destino da madeira. “Avalio essa mobilização de forma positiva. A sociedade nos cobra a mitigação dos impactos e encontrar alternativas viáveis e ambientalmente corretas para o aproveitamento da madeira está entre as nossas prioridades”, enfatizou.

Assessoria de Imprensa

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